A POETISA
Miguel Carqueija Quem é aquela na grama que corre como gazela, com ar de pequena dama, me diga enfim quem é ela? É a pequena poeta que canta o que é belo e bom; se faz até de pateta e que nem usa batom. O verde é seu paraíso que lhe traz a inspiração: cada folha é um aviso que lhe fala ao coração. O coro dos passarinhos acompanha aquela artista que caminhando em passinhos vai divagando com a vista. Pensando em seus poetares cantando linda canção, respirando aqueles ares com amor no coração. — Oh sim, eu sou poetisa, sou parte da Natureza; respiro fundo esta brisa mergulhada na beleza. Não me julgue uma biruta porque amo estar no mato: semente, flor, folha e fruta, tudo isso é bom de fato. Veja que sendo poeta eu falo com o coração: não me tenho uma profeta com a minha inspiração: só quero passar pra vocês o que eu possa ter de bom; dia a dia, mês a mês levo a vida neste tom. A Deus eu peço, no dia em que eu me for desta vida, leve apenas poesia, a companheira querida! Enquanto isso, bichinhos, crianças e gente grande, as flores e os passarinhos, por vós meu peito se expande! Sou humilde, não me acho, e nem penso ser um gênio; nunca fico erguendo facho, o próprio Deus é meu prêmio. E por mais, como é sublime poetar com o coração, fazer parte desse time nas asas da imaginação! Só quem tem amor no peito consegue um bom versejar: que o mundo tenha respeito por quem vive a poetar! Pois não cabemos em nós quando vem a inspiração: seria uma dor atroz se calasse o coração! As nuvens vivo pisando e o Céu consigo enxergar: e assim sigo poetando, quem poeta sabe amar! (17/3/2017) *** HERDEIROS DA POESIA Regina Madeira/Estrela Radiante Tomara que tenhamos Herdeiros da poesia, Que levem algum dia A palavra que deixamos. Que em nosso túmulo deixe, Uma flor a perfumar, Para que alguém observe, E comece a versejar. Herdeiros que de nós se lembrem, Com alguma nostalgia, Naquela noite fria, Enquanto a água ferve, Para o chá que alivia, A saudade a torturar. Herdeiros que sempre plantem, A semente da palavra, Para que brote uma lavra, Do mais belo poema, E assim vai valer a pena, Nessa terra ter vivido, Todo amor assim sentido. Ser exposto na arena. Herdeiros que espalhem sempre No meu caso as estrelas Para que todos possam vê-las, Num eterno cintilar. Herdeiros de você, poeta, Que mantenham seu carisma, Apaguem todo sofisma, Para o amor preservar. Herdeiros de nós, enfim Que plantem um lindo jardim. Para que em toda primavera, Não sendo uma quimera. O amor possa brotar. Regina da Conceição Madeira Gôda, nascida em Eng. Paulo de Frontin-RJ, 01/06/1959, professora aposentada, escritora por ocasião. Além da poesia sou apreciadora da música. A leitura é a minha diversão predileta. Amo o mar, é a minha segunda casa. Deus, minha maior inspiração. Minha fé é inabalável. Escrever, ler e aprender sempre é o meu lema. *** Poeta? Sim, sou! Eu não me dizia “poeta”. O tempo, porém, mostrou-me Que tenho a alma inquieta, Às vezes a razão me some: Dá lugar a grande emoção, Apertos no coração, Vontade de vagar, sonhar, Na madrugada ver o mar Energizado pelo luar. Tenho que concordar: Se criança serei enquanto viver, Se sonhar me causa prazer Se sofro por te querer: - SOU POETA! – devo confessar. CIDA MICOSSI Professora, fotógrafa amadora, escritora e poeta, participante de grupos literários e culturais, entre eles: Academia Vicentina de Letras, Artes e Ofícios Frei Gaspar da Madre de Deus, Sociedade dos Poetas Vivos de Santos/SP e Clube de Poetas do Litoral. Livro solo publicado: De mim e dos que amo; participação em Antologias, Cirandas poéticas na Internet e premiações no âmbito da poesia e fotografia. Faço revisão de textos e de livros. Contato: cida.micossi@gmail.com *** Poetisa Eu não sei, se sei versar, Mas estou tentando aprender Minhas rimas são bem simples Sempre aprendo com você. Tenho uma vida normal Com a imaginação inquieta Estou começando a perceber Que a minha veia é de poeta. Ser poetisa é muito bom Para meus sonhos acalentar Se a vida for muito dura A gente então faz reinventar. A poesia embala a vida Com um balanço natural Como se fosse criança Numa manhã outonal. Essa poesia que me fascina E faz tanto bem ao coração Como uma linda melodia Toda em forma de canção. Célia Leal , 06\ 08\2017 Célia Leal de Jesus, nascida em 10 de janeiro de 1960. Casada, 3 filhos, Professora do Município de Salvador, graduada em Pedagogia pela Universidade Federal da Bahia, em 2009. Pós-graduada em História Social da Cultura Afro-Brasileira e Indígena em 2010. Começou a se interessar pela Literatura, através das histórias em cordel. Passando a escrever quadras infantis e poemas temáticos, para trabalhar em sala de aula com os alunos jovens e adultos. Continuou escrevendo para a educação infantil que se tornou uma grande paixão. Participou em 2009 de uma coletânea de Cordéis sobre o Meio Ambiente. Em 2013, participou de uma Antologia para o IX concurso Literário “Poesias sem Fronteiras” pela Editora Celeiro. Em 2015, participou dos concursos literários” Era uma vez,” e “Ondas Poéticas.” Em 2016 participou, do “Era Uma Vez 2,” e “Inspirações,” todos pela Darda Editora. Tem vários poemas no Recanto das Letras, Participação em três Antologias pelo Recanto das Letras, como E-livro, entre 2014 e 2015. Participou da coletânea “Flores de Natal” em 2016 pela Darda Editora, Lançou agora em junho de 2017 seu primeiro livro solo, pela Darda Editora, “A Onça Esperta.” Trabalhou por 13 anos com Jovens e Adultos, atuando há 15 anos com ensino fundamental 7 dos quais com a Educação infantil e pré-escola. *** Sinto-me muito honrada em fazer parte desse projeto literário. Agradeço do convite do poeta Miguel Carqueija. Regina Madeira
Enviado por Regina Madeira em 09/08/2017
Alterado em 09/08/2017 Copyright © 2017. Todos os direitos reservados. Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor. |