CANÇÃO AO SILÊNCIO
Subiu para o alto da montanha. Sentindo a solidão assim tamanha. A alma uma canção a sussurrar. Cantou para a tristeza e o desapego. Em cada nota tal desassossego. Os ecos cujo vento faz voltar. Os olhos vão mirando o horizonte. Silêncio ecoando pelo monte. Provoca vibração cortando o ar. Da alma sai o grito do silêncio. O peito queima forte num incêndio. Clamando a resposta ao perguntar. A vida virou uma canção vazia. A letra foi composta dia a dia. Somente a solidão a acompanhar. A sonata ressoa em sua mente. Numa repetição subseqüente. Saudade de quem nunca vai voltar. O sentimento é o seu maestro. Regente desse torpe universo. Que a solidão lhe deu por hábitat. Não é possível um penetrar estranho. Só perde o que um dia já foi ganho. Lembrança está presente a machucar. A calma da montanha é tormento. Dobrado tocado junto com vento. Fazendo uma lágrima rolar. Presente confunde com o passado. Canção de solitude é um fado. Nas cordas da guitarra dedilhar. Enfim essa canção finita. Pronta!!! Não importa se a dor ainda afronta. Mais vale o seu pranto derramar. A voz que era embargada se agiganta. Soluço morre seco na garganta. O show vai finalmente terminar. Regina Madeira Miguel Pereira - RJ Amigos Recantistas Que o perfume das flores chegue como oração ao céu, trazendo como resposta uma chuva de luz para o ano novo. Abraços carinhosos Regina Madeira Regina Madeira
Enviado por Regina Madeira em 10/01/2016
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