DESERTO DA ALMA
Na alma só restando aridez. Do amor que foi levado pelo vento. Solvido pela força do elemento. Deixando no semblante a palidez. A face está sulcada pelo choro. Lavada pelo sal do sofrimento. O coração partiu no esquecimento. Enquanto o céu em pranto faz o coro. E assim vai prolongando a jornada. Molhando a estrada com o seu lamento. O sal usado como linimento. Fortalecendo a longa caminhada. Mas como a vida muda em cada esquina. Assim se dá o seu renascimento. Sepulta enfim o seu falecimento. E a alma dança e canta qual menina. Regina Madeira Miguel Pereira – RJ Regina Madeira
Enviado por Regina Madeira em 08/04/2015
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