VENDAVAIS Segue adiante. Não importa o vento. Nada escuta, nem o sentimento. Passos morosos, sem ver os passantes. O seu silêncio grita como antes. Em seu interno, soa a sinfonia. O seu semblante, estranha calmaria. No corpo escorre fortes temporais. A alma canta, sob os vendavais. O seu olhar percorre o ambiente. Sondando tudo, como fagulha quente. O seu silêncio incomoda o mundo. Indagações lhe saem lá do fundo. Ninguém lhe ousa os passos interromper. O peito feito dique, pronto para romper. São tantas mágoas ficaram aprisionadas. Abrindo as bicas explodem enxurradas. Os olhos olham cegos, parados pela dor. Na sua poesia transborda muito amor. A saudade impera, e rasga a alma inteira. Foi-se embora o amor, metade bem inteira. A caminhada é longa, em busca de outro amor. Pois sua alma sonda e planta outra flor. Regina Madeira "imagem do Google" Regina Madeira
Enviado por Regina Madeira em 15/09/2013
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