APENAS UM SORRISO
De longe ele a avista. Vem pela calçada, com seu andar calmo a olhar as vitrines. Cabelos caindo nas costas como uma cascata negra e os olhos, que olhos, pensava ele, enquanto a aguardava passar pela loja. E ela, fingindo que nada via, continuava a olhar os sapatos, mas sem realmente vê-los. De soslaio, ela prestava a atenção aos movimentos do rapaz na porta da loja. Queria ter coragem para perguntar algo, mas sua timidez não permitia e, assim, ela simplesmente sorria. Todos os dias essa cena acontecia e Sérgio, também tímido, gostaria de ter coragem para abordá-la. O estranho é que sempre trabalhou na loja, atendendo as pessoas sem apresentar timidez, mas diante dela, não tem jeito. Fica apenas olhando, quase de boca aberta e nem uma palavra. Mas uma hora, o destino toma as rédeas da vida nas próprias mãos. Uma tarde, ao parar numa loja ao lado, Marina foi empurrada por uma pessoa que escorregou ao seu lado e quase cai diante da loja de Sérgio. Como sempre o rapaz atento, ajudou a moça a não cair, segurando-a nos braços. Levou-a para a loja para socorrê-la e finalmente conseguiram conversar. O destino, sempre o destino, a resolver as questões do amor. Estrela Radiante "Imagem do Google" Regina Madeira
Enviado por Regina Madeira em 06/09/2012
Copyright © 2012. Todos os direitos reservados. Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor. |