A ÚLTIMA DANÇA (FINAL)

A ÚLTIMA DANÇA (FINAL)

A festa acabou e André e D.Neusa foram embora. O Sr. Mário, galanteador, foi acompanhar a senhora até o carro. Assim, Mariza sentiu-se na obrigação de acompanhar André. E assim, de muita má vontade, seguiu a seu lado.
Percebendo que ela nada iria dizer, André pegou-lhe a mão, levou-a aos lábios, e roçando um leve beijo, disse-lhe a esperava no dia seguinte na empresa no momento que ela marcasse.
Mariza corou até a raiz dos cabelos, como uma adolescente com seu primeiro namorado, e André gostou de sua reação. A moça respondeu-lhe que estaria no escritório lá pelas 14 h. André apenas concordou com um leve meneio da cabeça e partiu, sentindo-se satisfeito com o resultado da noite.
No carro, D.Neusa ia quieta e pensativa e André notou-lhe um leve sorriso e também sorriu, já imaginando o que se passava pela cabeça de sua mãe, afinal já viúva há dois anos.
Mariza foi deitar-se, dando boa noite ao pai com um beijo no rosto, dizendo-lhe que tudo iria se ajeitar.
No dia seguinte, Mariza levantou-se cedo para conversar com o pai sobre como seria suas vidas de agora em diante. Encontrou-o já na mesa do café da manhã. Beijou-o e sentou-se. O Sr. Mário percebeu o seu estado de humor e resolveu começar a conversa.
Mariza, minha filha, espero que tenha entendido o que vem acontecendo e aceite a nossa nova situação. Preciso de repouso e de alguém que assuma a empresa. Não posso contar inteiramente com você por causa do seu próprio negócio. Então decidi pela sociedade. E então, o que me diz?
A moça suspirou profundamente, mas sorriu de forma doce, dizendo: Pai, nós só temos um ao outro, depois que mamãe faleceu. E eu quero apenas a nossa felicidade. Assim aceito tudo o que o senhor decidir. Como tenho conhecimento do andamento dos nossos negócios apesar de não trabalhar diretamente, vou hoje conversar com André sobre tudo e ver o que posso colaborar.
Já ia levantando-se para sair, mas ainda disse, sorrindo, quanto a D.Neusa, acho que vai ser uma ótima companhia para o senhor.
Sr. Mário sorriu, satisfeito,beijou-a e a abençoou, dizendo: Você é a melhor filha que um pai pode ter.
À tarde, Mariza passou em casa, vindo da sua empresa, para arrumar-se para a reunião com André.
Chegando à empresa, como sempre, Mariza cumprimentou todos com um sorriso e dirigiu-se para a sala de seu pai. Quando lá chegou, ele já se encontrava na companhia de D.Neusa e André. Ao vê-lo, o coração da moça disparou, enlouquecido, e a face afogueada denunciava o seu estado de espírito.
D.Neusa, percebendo tudo, levantou-se imediatamente, para saudá-la, disfarçando bem a situação. Mariza sorriu-lhe agradecida, abraçando-a, com carinho.
Sr. Mário, satisfeito com o desenrolar dos acontecimentos, chamou a todos para a sala de reuniões.
Lá chegando, sentaram-se, e o Sr. Começou a exposição dos fatos. Daquele dia em diante, ele e D.Neusa se retirariam dos negócios, aparecendo apenas quando fossem extremamente necessários. As empresas de ambos ficaram nas mãos de André e Mariza, juntamente com as equipes que cada empresa já possuía. Acrescentou, também que ele e Neusa, como a chamou, viajariam por tempo indeterminado e ele faria um tratamento fora do país.
Mariza recebeu bem a notícia pois já havia se preparado para os fatos. Finda a reunião os pais retiraram-se e deixaram os filhos conversando.
Mais tarde, Mariza foi para casa para arrumar-se para jantar com André.
À noite, saíram, foram a um restaurante calmo e discreto.
André, após o jantar, convidou a jovem para caminhar na beira da praia. Lá chegando, não se fez de rogado. Abraçou-a e beijou-a apaixonadamente. Mariza ainda tentou impedi-lo, mas não poderia negar o que o seu coração também pedia e cedeu de bom grado ao amor.

FIM

Estrela Radiante
"Imagem do Google"

Regina Madeira

Enviado por Regina Madeira em 10/08/2012

Comentários

Site do Escritor criado por Recanto das Letras